“O Último Brinde do Hemingway: a lenda por trás do Daiquiri”
Poucos escritores beberam com tanta paixão quanto Ernest Hemingway. Entre uma página e outra, entre uma guerra e outra, havia sempre um copo esperando por ele. E entre todos os drinks que passaram por suas mãos, um se destacou tanto que virou quase uma extensão de sua personalidade: o Daiquiri.
5/8/20252 min read


Poucos escritores beberam com tanta paixão quanto Ernest Hemingway. Entre uma página e outra, entre uma guerra e outra, havia sempre um copo esperando por ele. E entre todos os drinks que passaram por suas mãos, um se destacou tanto que virou quase uma extensão de sua personalidade: o Daiquiri.
Mas o Daiquiri que Hemingway tomava não era o mesmo que servem nos bares turísticos de hoje. Era uma versão intensa, seca, sem açúcar. Literalmente feita para ele.
Essa é a história de um drink cubano que cruzou oceanos e virou parte da literatura — e da vida boêmia.
Onde tudo começou: a mina de ferro e o calor de Cuba
O Daiquiri nasceu no final do século XIX, na cidade homônima de Daiquiri, no sudeste de Cuba. Um engenheiro americano chamado Jennings Cox, que trabalhava em uma mina de ferro, teria criado o drink por necessidade: só havia rum, limão e açúcar.
Era o suficiente. Surgia ali a base de um clássico: refrescante, ácido e tropical.
Receita original (versão clássica):
60 ml de rum branco cubano
25 ml de suco de limão fresco
15 ml de xarope de açúcar
Bata tudo com gelo e sirva coado em uma taça coupe. Simples, fresco e elegante.
Hemingway entra na história
Décadas depois, em Havana, Hemingway frequentava obsessivamente o bar El Floridita, onde conheceu o bartender Constantino Ribalaigua — o “rei dos coquetéis”.
Hemingway, diabético e amante do rum seco, pediu:
“Sem açúcar, com o dobro de rum.”
Nascia o Daiquiri Hemingway (ou Papa Doble, como ficou conhecido), com receita modificada:
90 ml de rum branco
Suco de dois limões
Um toque de licor de marasquino (para equilibrar)
Muito gelo triturado
Era servido quase como um granizado alcoólico. E Hemingway tomava… muitos.
O legado do Daiquiri
Mais que um drink, o Daiquiri virou símbolo da coquetelaria cubana — uma fusão entre o clima tropical, a cana-de-açúcar, a história política e a arte de viver devagar.
“Meu mojito em La Bodeguita, meu daiquiri no Floridita.”
– Assinatura supostamente deixada por Hemingway em um dos bares de Havana.
Interação com o leitor:
Qual versão te representa mais: o clássico doce e equilibrado ou o seco, poético e intenso como Hemingway?
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